quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A inesquecível Lilla


A Lilla foi a minha primeira gata. Foi presente do Rico, em 2008, na realidade ela era dele também, me deu, mas também queria para ele, então éramos “mamãe e papai” da Lillinha. rs*
Linda, pelos brancos com cinza, bem macios, olhos azuis, carinhosa, parecia uma gatinha de foto de ração para gatos, uma gatinha propaganda, conforme mostra a foto, ela levava o maior jeito pra coisa.
Como qualquer “mamãe” de primeira viagem, eu não sabia bem o que podia ou não fazer com gatos, não sabia com que idade já poderia castrá-la, se tivesse castrado quem sabe ela seria mais “sossegada”, enfim, eu estava literalmente aprendendo.
Ela viveu por pouco tempo, sequer teve seu primeiro cio e foi vítima de uma crueldade sem tamanho que até hoje me dá um nó na garganta só em lembrar seu sofrimento, até sua morte. A Lilla era comilona e comia não só ração, mas sim qualquer outro alimento que sentisse o cheiro e tivesse “dando sopa” pra ela. Isso facilitou a ação de algum ser inumanamente cruel que lhe deu o veneno (ilegal) conhecido como “chumbinho”, que mata até mesmo pessoas, imaginem então o estrago que provoca em uma gatinha de aproximadamente 6 meses.
Não deu tempo de salvá-la, o veneno age rápido e para piorar a situação, isso aconteceu num domingo, onde as clínicas veterinárias só atendem em plantão e não são todas. Mesmo assim tentamos, ela ficou internada durante aquela noite – que foi longa e triste – mas na manhã seguinte, ela já tinha virado uma estrelinha no céu, como disse minha irmã na época para me consolar.
Sempre procuro buscar qual o propósito de cada um em minha vida e essa busca, tratando-se da Lilla, amenizou um pouco a saudade que sinto dela. A meu ver, a Lilla existiu para me mostrar o quanto um gato pode ser carinhoso e companheiro, foi com ela que tudo começou, ela me mostrou que é mito essa história de que gatos são interesseiros, traiçoeiros e outras bobagens que falam por aí.
Ela nos amava e nós jamais esqueceremos seu olhar de apelo enquanto sofria, um olhar que fazia-nos sentir uma impotência gigantesca diante dela, ali, morrendo em nosso colo. Um olhar que pedia para viver um pouco mais...
É por essas e outras que cada vez mais percebo que eles (os bichos) são muito melhores do que nós em tanta coisa, têm tanta pureza, são mais HUMANOS do que nós e acima de tudo, são seres sencientes e merecem RESPEITO.
Gosto de lembrá-la brincando, me fazendo cafuné, me fazendo rir, gosto de olhar suas fotos de modelo, seus momentos de felicidade.
Hoje é a estrelinha mais brilhante do meu céu, lá está perto de Deus e ele não deixa ninguém te fazer mal.
Te amamos Lilla Maria Vogelsanger!


3 comentários:

  1. Foi difícil escrever sobre ela. Dói tanto ainda...

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  2. Meu Mari..que triste....
    To chorando!!!!!!!! =(
    É muito triste pensar que existem seres que se dizem humanos fazerem uma crueldade com os nossos bichinhos....
    Mas hoje vc tem o seu outro gatinho, que traz tambem muita felicidade à vcs...
    Bjs

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  3. É Fê, triste sim...
    Ainda bem que tenho o Mimico, que é um iluminado, um amor de gato!
    Logo logo vou escrever da Guigui por aqui, aquela lindona!!!
    Bjs

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