sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Marley!

Um lindo basset, nascido no dia 11 de dezembro de 2006, tratado como filho por seus “pais”, minha irmã Dani e cunhado Mano.
Este é o Marley, de pêlos sedosos e brilhantes, brincamos que é o “Ziggy” Marley, já que a primeira experiência que eles tiveram com um outro totó antes dele - da mesma cor, raça e nome que ele - não foi nada boa. Em aproximadamente uma semana o “Bob” Marley pegou uma virose e faleceu. Então consideramos o Marleyzinho, Ziggy. Mesmo não sendo filho do que faleceu, faz algum sentido.
Hoje com três anos, o Marley tem uma vida de reizinho, é cercado de carinho por toda a família, ganha presentes de Natal, ovos de chocolate (para cachorros) na Páscoa, bolinho de aniversário e lembranças das viagens que seus “pais” e “avós” fazem. Ele é um mimo só, mas eu garanto que merece, é o centro das atenções das visitas no apartamento deles, sempre ganha um afago, pois é irresistivelmente carinhoso.
Eu particularmente confesso que tenho os dois pés atrás quando ele está lá em casa. Depois do dia em que eu o vi estraçalhando um gatinho de pelúcia (que até miava), não me sinto mais a vontade nem em pensar nele perto do meu Mimico. Exageros a parte, considerando que era só um brinquedo, é precaução, sinceramente prefiro me isentar de riscos.
Traumatizei, eu sei. rs*
O Marley é muito inteligente, não me esqueço do dia em que ele, ao passarmos por um daqueles dinossauros gigantes de propaganda do Beto Carrero que ficam à beira da BR 101, teve um ataque de latidos dentro do carro. Sem contar quando passam propagandas na TV que aparecem bichos, ele enlouquece. E é claro, quando está passando jogo do Grêmio e sai um gol ele vibra junto com o Mano. rs*
Fazendo jus a sua raça, o Marley come MUITO bem, e come tudo o que você der a ele, incluindo frutas e verduras, o que rolar é lucro.
É papai de 5 lindos filhotes. Nikita, sua primeira namorada oficial e mãe de seus filhotinhos é outra basset, linda e de boa família. Disse “namorada oficial” porque antes dela ele tinha a foca de pelúcia, pela qual seus hormônios faziam com que cometesse loucuras. rs*
Hoje ele é castrado, sossegou.
Eu posso dizer seguramente que o Marley é uma prévia de como o Caio – primeiro filho da Mãna (meu afilhado) que em agosto chega para encantar nosso mundo – será cercado de amor, carinho, cuidado, afeto e todos os sentimentos maravilhosos que fazem parte do cotidiano da nossa família.
A tia te ama pretinho!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Nina!

Defino a Nina como uma “quase humana”, onde da mesma forma que a Capitu, só falta falar. Completamente dependente da Lucia, sua dona oficial, ela é a “totó” da casa do Rico e companheira do Zé.
É pequenina, talvez uma mistura de basset com alguma outra raça que possua o corpo com pêlos claros e o rostinho preto. Soube este fim de semana que ela foi adotada logo após ter sido largada na rua num dia de chuva, juntamente com seus irmãozinhos. Talvez por isso ela não suporte a idéia de ficar sozinha e quando isso é inevitável, ela sempre dá um jeito de notarmos sua insatisfação, chinelos, calcinhas, cuecas, blusas e bolsas espalhadas pela casa, o que tiver ao seu alcance ela distribui pelos aposentos próximos à porta de entrada, um lindo cartão de visitas para quem chega. rs*
Ela dorme de conchinhas na cama, a propósito, não conheci ainda cadela que durma mais do que ela, é uma preguiçosa assumida. Quando não tem companhia pra dormir na cama, ela tem um sofá que é só dela, e se tem alguém ali sentado, ela dá um jeito de botar pra correr, ou, se preciso for, sobe no colo da pessoa, para demonstrar que ali é o SEU canto.
Têm seus bichinhos prediletos, que chamamos de “bebês”, pois assim que ela os trata. Carrega para onde for, cheia de cuidado, penso ser uma espécie de gravidez psicológica, ou é só o “cheirinho” dela mesmo.
No final do ano de 2008 fomos viajar e ela ficou em minha casa por uma semana sob os cuidados de minha mãe e na companhia da Capitu, Piti e Mimico – dá pra imaginar no zoológico em que a casa se transformou.
Ela criou uma bela amizade com meus bichinhos, principalmente com o Mimico, os dois rolavam brincando pelo terreno, logo vou postar um vídeo destas cenas, é lindo de ver.
Exceto o furo que ela fez roendo a porta da cozinha para tentar sair e sem contar as correntes que minha mãe teve que colocar no portão para evitar sua fuga ela se comportou super bem. rs*
Além de ser uma pequena travessa, a Nina é um poço de carinho. Tem lugar cativo no coração de todos, seja com a Lucia que nunca quis ter cachorros e agora a tem como companheira diariamente na sua ida ao posto de gasolina para comprar o jornal, com a Vó Mariquinha que muitas vezes diz que está com fome apenas para poder deixar um pouquinho de comida no prato pra Nina, com o Rico que fica doido quando ela arranha a porta do seu carro para lhe dar um “oi”, mas se rende ao seu charme a todo instante, e comigo – sem muita dificuldade, é claro, já que qualquer totó ou mimi me deixa radiante sem esforço...rs* – sempre me alegra em sua recepção calorosa e saltitante, como se não me visse há anos.
A Nina hoje é da família e definitivamente trouxe um novo brilho àquela casa e muita alegria à vida de cada um, ninguém se sente sozinho na presença dela, que preenche todo o espaço com seu charme irresistível.
Ela os ensinou a amá-la de forma incondicional.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

LUTO - Crônica de Rubens da Cunha


Enterraram cães vivos na minha cidade. Resolvo escrever sobre o assunto. Não é fácil. Torna-se árduo usar a linguagem e a consciência sobre a morte – justamente os elementos que nos diferenciam das vítimas – para falar de um ato que ultrapassa, ou melhor, assassina esses elementos.
Que palavra qualifica enterrar cães vivos? Para que todos os séculos de discussão filosófica e religiosa a respeito de moral, ética, bondade, empatia, se a barbárie ainda é nossa melhor ferramenta para a manutenção da vida e do nosso iníquo poder sobre a terra?

Alguns afirmam que há um certo exagero em toda a celeuma provocada pela denúncia. Eram apenas cães. Pessoas estão sendo maltratadas e enterradas vivas a todo minuto e ninguém faz nada. A minha indignação está justamente aí: eram apenas cães. Era apenas a inocência, apenas o bicho destituído de qualquer malícia, apenas o animal todo confiante, todo entregue à mão do homem, eram apenas cães vítimas da empáfia humana. Se nós nos destruímos é problema nosso. Faz parte da nossa espécie, junto com a linguagem e a consciência, gostar muito de nos matarmos mutuamente, mas o problema é que a vontade de destruição ultrapassa os limites da espécie, vai até os outros animais, e claro vai até ao reino vegetal e mineral.

Talvez seja uma compensação pela nossa inferioridade na natureza: justamente a única espécie que se dizimada de uma vez só não faria a mínima falta, é aquela que dizima tudo ao seu redor.
Enterraram cães vivos na minha cidade. Não é ficção, não é cinema, não é performance, é apenas a vida cotidiana mais uma vez expondo suas misérias.Outros ainda chamam o ato de desumano. Penso ser um erro: nada mais humano do que enterrar cães vivos. Nada mais próximo da nossa condição do que esse exercício de maldade concentrada.

Outros cães e gatos envenenados, enterrados vivos, mutilados, devem estar reclamando porque morreram sem que ninguém visse, asfixiaram-se sozinhos sem que ninguém lhes desse espaço para o grito.

Não foram parar nos jornais, não foram motivo de pena de alguns, nem de crônica de outros. Anônimos morreram e seus anônimos assassinos, muito provavelmente, foram à missa ou ao culto, pediram a Deus uma vida melhor, alguns até agradeceram a bela vida que estão tendo. Nada lhes pesa. São pessoas limpas, por isso mantém seu espaço na terra também limpo de animais imundos. E, diariamente, abastecem-se de veneno e paz. Por outro lado, existe a notória incompetência do poder público corroborando com a matança. O caso aqui narrado é específico porque foi denunciado e quem enterrou os cães foi um funcionário público com uma patrola. O discurso oficial, como sempre, já veio cheio de desculpas e providências. Como sempre, desculpas e providências paliativas. Mas e todos os outros crimes cometidos no silêncio da ignorância?

Enterraram cães vivos na minha cidade. Estou de luto, pois minha crença no humano foi enterrada junto.

(RUBENS DA CUNHA- Em 10.02.2010 para o Jornal A Notícia )


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

José Renato, vulgo “Zé”

Um “Frajolinha”, preto com manchas brancas ou se preferir, branco com manchas pretas. O Zé é o gato da casa do Rico, dono do pedaço, até porque, chegou primeiro e a Nina (que logo será apresentada) teve que levar umas patadinhas dele até que, enfim ele admitisse que não era mais o único.
Ele é elegante, tem lindos olhos verdes e é dono de uma afeição única que até lhe faz parecer esnobe, mas depois que você o conhece melhor percebe que é só impressão mesmo, ele é um doce.
Quando está querendo um chamego, pula no colo de quem aparenta estar mais “de bobeira” e chega a levantar o bumbum pra receber carinho enquanto esfrega seu rosto com o foçinho gelado na perna de quem o acaricia.
Dorme o dia inteiro, escolhe a melhor cama e de preferência debaixo das cobertas ou às vezes prefere lugares inusitados. Já o flagrei dormindo no meio das calças jeans que ficam penduradas, dobradas ao meio dentro do guarda roupas. Dorme dentro de qualquer caixa disponível, dentro de sacolas e também na poltrona ao lado da cama da Lucia. Já no inverno ele prefere dormir em cima dos equipamentos eletrônicos que esquentam, então fica lá, deitadão em cima da TV enquanto você a assiste, ou em cima da tela do computador, enquanto você trabalha nele. É um lindo enfeite, que apenas dorme, sem se preocupar com conversas ao redor dele, estando quentinho ali ele fica. Mas de todos acima, o local predileto dele é em cima do guarda roupas, lá ele passa muitas vezes o dia inteiro, acho que é pra ficar fora do alcance de todos – incluindo a Nina – e dormir sossegado.
O Zé tinha uma namorada, uma linda siamesa. Certo dia chegamos à casa do Rico a noite e ao acender a luz, o Zé estava completamente arregalado parado no meio da cozinha, achamos estranha a reação e não demorou muito até escutarmos um barulhinho nos cômodos internos. E lá estava ela, no quarto, colada no vidro da janela tentando sair, com medo. Foi muito engraçado, um flagrante e tanto, parecia um casal de namorados quando os pais de um deles voltam de viagem antes do esperado e os pegam com a “boca na botija”. rs*
Foi quando a conhecemos, fizemos um carinho para que ela não ficasse mais apreensiva, mas não adiantou, assim que conseguiu escapar da gente, correu pra fora. Ela não apareceu mais, nem miou mais desesperada como sempre fazia do lado de fora da casa chamando pelo Zé, devem ter terminado. rs*
O Zé é um gato exemplar, ao mesmo tempo em que é independente, é muito carinhoso.
É inteligente, toma água na torneira do banheiro quando tem sede e tem muito bom gosto ao escolher o que comer - além da ração, é claro – ele adora um camarãozinho, é só sentir o cheiro e vem correndo pedir ao lado da mesa.
É um ótimo caçador, fica horas observando a presa até que no momento exato ele balança a bundinha pra lá e pra cá e é certeiro, já era para o passarinho...

Adoro encher o Zézinho de beijocas e apertões e o amo como se fosse meu!


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Valentina!

Outra linda de olhos azuis... Esta é a Valentina, eu a adotei no Abrigo Animal depois que a Lilla se foi.
Segundo o pessoal do Abrigo, ela sofreu muito com maus tratos e abandono, isso ajudou na hora de decidir adotá-la, eu queria ajudá-la, cuidar dela, que precisava de carinho, já que eu também estava carente de amor felino seria uma espécie de troca.
O problema é que ela simplesmente não saía de dentro do meu quarto, local onde ela desembarcou da caixa de transporte. Mais precisamente não saía debaixo da minha cama nem ao menos para fazer suas necessidades, e pra ajudar, os quartos da minha casa são de carpê.
Inicialmente pensei ser um probleminha de adaptação, tentava tirar ela debaixo da cama, mas ela ficava brava. Ela só subia na cama na hora de dormir, espertinha. rs*
A situação só piorava, ela já não permitia que outras pessoas entrassem no quarto. Como tentativa, fechei com papelão o acesso dela para baixo da cama, ela não foi mais pra baixo, mas continuou no quarto, só que aí fazendo suas necessidades do lado da cama, ou seja, não tive muito progresso.
Bom, de qualquer modo, eu sabia da minha responsabilidade com o animal que adotei, então fiz contato com o Abrigo, para contar o que estava acontecendo e pedir ajuda, mas eles da mesma forma que eu, pensavam que era só uma questão de adaptação.
O tempo passou, e em 2 meses a situação era a mesma, meu quarto, apesar de forrado com jornal por toda a parte, estava com um cheiro insuportável, nem a limpeza diária era suficiente. A Capitu e a Piti nem ousavam chegar perto dela por sentir medo. As tentativas de levá-la a força para fora eram frustradas, ela voltava rápida como um foguete para o mesmo lugar. Mesmo sendo inverno na época, eu deixava a janela aberta durante a noite, na esperança de incentivar um passeio noturno, e nada.
O ultimato! Minha mãe – que era quem limpava as necessidades que ela fazia no quarto - chegou ao extremo e disse: “Mari, ou ela, ou eu!”.
Não tive escolha... Foi então que, com o coração em pedaços tive que pedir para que ela voltasse para o Abrigo.
Confesso que me sinto um monstro por ter lhe dado o conforto de um lar para depois devolvê-la, mas não tive alternativa, afinal, limpeza é sinônimo de saúde.
Rezo muito para que ela consiga achar um lar em que se adapte!
De preferência sem cachorros e sem carpê. rs*

Aproveitando, acesse: http://gatinhos.joinville.zip.net/
Neste site tem muitos mimi’s fofos esperando por um lar, inclusive a Valentina, que não se adaptou à minha vida, mas pode se sentir em casa em outro ambiente.
Vai entender esses bichinhos!!!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A inesquecível Lilla


A Lilla foi a minha primeira gata. Foi presente do Rico, em 2008, na realidade ela era dele também, me deu, mas também queria para ele, então éramos “mamãe e papai” da Lillinha. rs*
Linda, pelos brancos com cinza, bem macios, olhos azuis, carinhosa, parecia uma gatinha de foto de ração para gatos, uma gatinha propaganda, conforme mostra a foto, ela levava o maior jeito pra coisa.
Como qualquer “mamãe” de primeira viagem, eu não sabia bem o que podia ou não fazer com gatos, não sabia com que idade já poderia castrá-la, se tivesse castrado quem sabe ela seria mais “sossegada”, enfim, eu estava literalmente aprendendo.
Ela viveu por pouco tempo, sequer teve seu primeiro cio e foi vítima de uma crueldade sem tamanho que até hoje me dá um nó na garganta só em lembrar seu sofrimento, até sua morte. A Lilla era comilona e comia não só ração, mas sim qualquer outro alimento que sentisse o cheiro e tivesse “dando sopa” pra ela. Isso facilitou a ação de algum ser inumanamente cruel que lhe deu o veneno (ilegal) conhecido como “chumbinho”, que mata até mesmo pessoas, imaginem então o estrago que provoca em uma gatinha de aproximadamente 6 meses.
Não deu tempo de salvá-la, o veneno age rápido e para piorar a situação, isso aconteceu num domingo, onde as clínicas veterinárias só atendem em plantão e não são todas. Mesmo assim tentamos, ela ficou internada durante aquela noite – que foi longa e triste – mas na manhã seguinte, ela já tinha virado uma estrelinha no céu, como disse minha irmã na época para me consolar.
Sempre procuro buscar qual o propósito de cada um em minha vida e essa busca, tratando-se da Lilla, amenizou um pouco a saudade que sinto dela. A meu ver, a Lilla existiu para me mostrar o quanto um gato pode ser carinhoso e companheiro, foi com ela que tudo começou, ela me mostrou que é mito essa história de que gatos são interesseiros, traiçoeiros e outras bobagens que falam por aí.
Ela nos amava e nós jamais esqueceremos seu olhar de apelo enquanto sofria, um olhar que fazia-nos sentir uma impotência gigantesca diante dela, ali, morrendo em nosso colo. Um olhar que pedia para viver um pouco mais...
É por essas e outras que cada vez mais percebo que eles (os bichos) são muito melhores do que nós em tanta coisa, têm tanta pureza, são mais HUMANOS do que nós e acima de tudo, são seres sencientes e merecem RESPEITO.
Gosto de lembrá-la brincando, me fazendo cafuné, me fazendo rir, gosto de olhar suas fotos de modelo, seus momentos de felicidade.
Hoje é a estrelinha mais brilhante do meu céu, lá está perto de Deus e ele não deixa ninguém te fazer mal.
Te amamos Lilla Maria Vogelsanger!


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mimico!


Eu tenho uma paixão avassaladora por gatos, chamo de paixão, porque tenho amor por cachorros também, mas sempre o que é mais recente acaba sendo chamado de paixão, é como se fosse uma regra.
Minha primeira gata foi a Lilla, e depois a Valentina (em breve suas histórias aqui no blog) e apesar das frustrações com elas, já estava feito, Maricota se transformara em uma doida por gatos.
Precisava achar mais um gatinho (a) e por indicação da Mariana - uma amiga dos tempos da escola que hoje só encontro nas baladas da vida – que é outra doida por bichanos fui até o Bairro Vila Nova, na casa de uma senhora que tem praticamente um abrigo animal em sua casa. Lembro bem do lugar, cheio de bichos, galinhas e seus pintinhos, passarinhos, vários cachorros, inclusive uma cadelinha dando a luz exatamente no momento em que chegamos e diversos gatos, uma ninhada linda esperando pra eu escolher o meu. Me falha a memória ao tentar lembrar o nome dessa senhora, uma pena, mas deixo aqui a minha admiração por ela, que simplesmente abre as portas de sua casa para os bichinhos que não tem onde ficar, nem portão ela tem, “eles simplesmente chegam e vão ficando”, diz ela. rs*
Dentre as minhas opções de filhotes, escolhi o mais carinhoso, já que sou um tanto pegajosa com eles é preciso que eles gostem disso.
Ele tinha 4 meses e dei-lhe o nome de Rabinho e como eu chamo todos os gatos de “Mimi”, passei a chamá-lo sem perceber de Mimico e acabou ficando, até porque percebi que ele gostava mais de Mimico também.
Branquinho com apenas alguns detalhes no corpo cor de mel, ele chegou em casa e como todo bom gato, tomou conta do pedaço. A Capitu e a Piti o receberam bem, eles juntos é uma verdadeira festa, a mãe que a princípio relutava a mais uma tentativa minha em criar gatos, sem precisar de muito esforço apaixonou-se por ele.
Hoje está com quase 2 anos, como eu não sabia a data exata de seu nascimento, comemoramos no dia 02/04 seu aniversário. Ele é simplesmente fantástico, é o único gato que eu conheço que volta pra casa quando eu chamo, ele vive na rua, pela vizinhança, mesmo sendo castrado arrasa corações, as gatas vivem lá em casa enlouquecidas com sua presença.
Mimico, o caçador! No início me assustei, cheguei a pensar que ele precisava de acompanhamento psicológico, mas agora já estou acostumada. Ele caça praticamente todas a noites um ratinho, sapinho ou um passarinho. E ainda se não bastasse, leva os bichinhos vivos ou falecidos, para eu ver. Os deixa expostos no meio da sala.
Bom, pesquisei sobre isso, e descobri que gatos caçam por pura diversão – noto isso quando vejo ele jogando o rato pra cima e batendo com a patinha como se tivesse dando uma raquetada no bicho – e quanto mais bem alimentado o gato esteja, mais energia possui e além disso, suas reações ficam rápidas o necessário para as suas caçadas.
Aí deve estar a chave da questão, o Mimico come muito bem, é só falar em "papá gostoso" que a sinfonia começa, vários miados, de vários tons e volume, é lindo de ver tudo o que ele faz pra chamar a nossa atenção nos horários da comida que ele mais ama, o “Whiskas patê”. Ele fala e eu o compreendo.
Por fim, o Mimico é meu companheiro, dorme comigo, coladinho no mesmo travesseiro, é parceiro quando eu preciso estudar até a madrugada, é meu despertador natural, toma banho numa boa, exceto pelo fato de os vizinhos acharem que estou matando-o, de tanto que mia a criatura.
Mas principalmente, ele me fez trabalhar um lado muito importante da minha personalidade, a confiança, ou melhor, a auto-confiança, pois preciso deixá-lo livre para que seja feliz, mesmo com o coração apertado, com medo que ele se perca ou que algo pior aconteça é necessário dar o espaço que ele precisa, dar-lhe a liberdade que sua natureza exige.

Conforme nos ensina a obra O PEQUENO PRÍNCIPE: "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". Antoine de Saint-Exupéry, o autor deste livro, explica que cativar significa "criar laços". Por isso ele sempre volta, simplesmente porque cativamos um ao outro.
Sempre dizem que nada melhor para curar a dor de um amor perdido do que um novo amor, que não precisa ser igual ao que perdera, mas que te faça absolutamente feliz. O Mimico é assim, um novo amor depois das perdas que tive de superar com as minhas outras gatinhas.
Em minhas orações, peço a proteção desses que são puros, visivelmente verdadeiros amigos meus: Capitu, Piti e Mimico.
Agora estão todos apresentados... E meu amor por Eles está escancarado!!! (até rimou... rs*)